Vivemos em tempos de mudança, simultaneamente rápida e não linear.
Esta pandemia permitiu sentir isso de um modo único. De um dia para o outro temos de equacionar toda a nossa sociedade, do modo como as crianças vão à escola, ao modo como trabalhamos ou vamos às compras.
A arquitectura pode e deve ter um papel fundamental no processo de resposta já que faz parte da sua natureza a adaptação e superação de obstáculos e restrições.
A arquitectura molda a realidade para dar resposta às vontades e carências das pessoas, mas o que fazer quando não se entende quais as vontades e quais as carências? Como repensar os espaços?
Repensá-los não como resposta a esta pandemia em particular, mas a estes ventos de mudança.
Repensar, desenvolvendo soluções flexíveis e adaptáveis, que acompanhem a mutabilidade das necessidades ao longo do tempo.
Repensar, prevendo uma racionalização dos recursos, esforços e custos.
Repensar, seguindo os princípios de sustentabilidade ambiental, protegendo a natureza e fazendo dela nossa aliada.
Repensar, seguindo os princípios de sustentabilidade social, para melhorar a vida das populações.
A arquitectura deve ser activa na sociedade, apta para dialogar e concretizar.
Ricardo Esteves Pinto
[escrito sem acordo ortográfico]